quarta-feira, 16 de junho de 2010



ASSIM NA TERRA COMO NOS CÉUS

Eyjafjallajökull faz o mundo refém da sua força. Sob a geleira que lhe empresta o nome, distante cerca de 120 quilômetros da capital da Islândia, Reykjavík. A cortina de cinzas contrasta com a beleza natural do azul do céu e a imensidão verde do amplo mar. O espaço aéreo é impedido de permitir que milhões de pessoas em toda a Europa e grande parte do mundo se locomovam nos milhares de vôos interditados desde o mês de março. A grande mancha continua interrompendo a naturalidade de vidas e atividades em todos os países europeus atingidos diretamente por essa catástrofe natural. As ultimas erupções na zona deste glaciar remotam a 1821 a 1823, quando o vulcão passou por cinco erupções dede o século IX.

A Tecnologia área sente o impacto da força imposta pela natureza, Jornais e televisões de todo mundo mostraram nos últimos meses angustiantes momentos de pessoas perdendo compromissos de várias ordens, dormindo em bancos de aeroportos, impedidos de locomoção tem, enfim suas vidas alteradas. Centenas de pessoas foram retiradas de suas casas nas imediações do vulcão, e, não temos conhecimento de vitimas fatais.

No Maranhão, mais precisamente no aeroporto Cunha Machado, da capital São Luis, urubus (Aves comuns) na região, entram na turbina de um Boeing e por pouco não transformam em cinzas as vidas de quase duas centenas de pessoas. Na bela Islândia, no seu espaço aéreo no lixão da Ribeira a natureza adverte uma vez mais das necessidades de cuidados para um controle do meio ambiente, natural ou dependente de atos humanos.

Os esgotos in natura

Estudo feito por cinco formandos da escola de formação de governantes do Maranhão durante os últimos três meses constatou que a situação dos rios da Ilha de São Luis é precária. Apesar de ter se observado toda a situação horrível em que se encontram os rios e córregos da capital maranhense, é certo que se pode ainda conter o processo de degradação. Assim, o desafio para o ambiente está aumentando porque mais e maiores megaprojetos estão sendo construídos, não só em nivel local como nas nações desenvolvidas e em desenvolvimento.

Um grupo de alunos fez pesquisa que envolveu alguns dos principais rios da cidade tais como o rio Anil, Bacanga, Tibirí e outros.

Para a estudante Elisângela Correia, uma das pesquisadoras, o grande problema é a invasão da população para as áreas próximas aos rios e os projetos de devastação da floresta pelas grandes empresas, que adentram o meio ambiente de forma descontrolada. Desta forma, grandiosos projetos de desenvolvimento – megaprojetos - colocam desafios e riscos especiais para o ambiente natural. Grandes represas e centrais energéticas são alguns dos casos a citar.

Fernando José Campelo, também da equipe de pesquisadores, ressaltou que essas interferências influem para o acumulo de lixo “Isso causa perdas sem volta e, além disso, ainda tem a poluição, a pesca predatória e outros fatores”, avaliou.

Leda Maria Pacheco Nascimento, Mary Elizabeth Araújo e Teresa Barbosa Maciel também fazem parte da equipe que atuou no estudo e, baseando-se nos resultados coletados, já estão elaborando um projeto mais amplo baseado em outra pesquisa que também acontece em nosso país. O Instituto de Química da Universidade de Brasília (UNB), já mostra os resultados das pesquisas que foram realizadas por lá, aonde os químicos chegaram a várias conclusões:

Em uma primeira tentativa, a serragem fez com que os níveis de chumbo caíssem de 2,7 para 0,4MG por litro, o chumbo é encontrado em automotivos, tintas e ferragens. Em outra situação foi à vez da serragem mostrar sua eficácia contra o cromo baixando o percentual de poluição de 2,11 para 0,5MG por litro.

Maçaranduba, ipê e pequiá são as árvores que tiveram êxito com melhores graus de despoluição, e segundo os formandos maranhenses se têm em abundância por aqui.

Metas para o equilíbrio do meio ambiente

Redução e limpeza da poluição, com metas futuras de poluição zero; reduzir o consumo pela sociedade dos combustíveis não-renováveis; Desenvolvimento de fontes de energia alternativas, verdes, com pouco carbono ou de energia renovável; Conservação e uso sustentável dos escassos recursos naturais como água, terra e ar; proteção de ecossistemas representativos ou únicos; preservação de espécie em perigo ou ameaçadas de extinção; O estabelecimento de reservas naturais e biosferas sob diversos tipos de proteção; e, mais geralmente, a proteção da biodiversidade e ecossistemas nos quais todos os homens e outras vidas na Terra dependem.

Meio Ambiente e Tecnologia

LIXO ELETRÔNICO


O que fazer com o seu celular tipo tijolão ou aquela antiga TV que você reluta em jogar no lixo mais próximo de sua casa?
A lógica do desenvolvimentismo a qualquer custo não pode prevalecer em detrimento das populações ribeirinhas e indígenas e em sua essência, historicamente proprietárias da terra.
Esse é um problema não somente seu mais de todo planeta, segundo relatório da ONU (organização das nações unidas) o Brasil e o quarto ou o quinto pais no mundo com maior numero de lixo eletrônico, agora todo lixo no Brasil será feito um inventário para saber a quantidade exata, e todas as empresas estão firmando um acordo de recolhimento e reciclagem, no ultimo dia 10 em São Paulo foi assinado esse acordo de recolhimento e reciclagem pela ministra do meio ambiente Isabella Teixeira e o presidente do cempre- compromisso empresarial da reciclagem - Victor Bicca.

Em São Luís do maranhão esse problema é ainda mais grave por que nem se quer deveriam ter lixo a céu aberto em se tratando de São Luís ser uma ilha. o fato é preocupante mais com medidas publicas de reciclagem e seleção do lixo adequado tudo se resolve.
O meio ambiente nossa fonte de vida natural agradece e as novas e futuras gerações mais ainda todo tipo de ação educacional de prevenção é valido. Não se pode esconder todo esse lixo debaixo do tapete.

ONU- relatório das Nações Unidas sobre poluição alerta para o risco de degradação e colapso de ecossistemas importantes para o homem. O documento também atenta para a extinção de espécies em uma velocidade nunca antes vista.

Discutir as tentativas de criação de debates sob a ótica sócio-ambiental, onde a sociedade do consumo esgota as fontes de energia e recurso e ao mesmo tempo não redistribui esta riqueza deve ser a tônica deste inicio de milênio que já completa sua primeira década. Cabe aí uma profunda reflexão sobre até onde iremos e com que finalidades.
(Foto Acima a direita um caminhão de lixo eletrônico)

Saneamento Sustentável: Ainda dá tempo de salvar nossas praias!



As praias da Ilha de São Luís sofrem com a contaminação de coliformes fecais e microorganismos, como bactérias. A principal causa do problema é o lançamento in natura de esgotos não tratados.
Com exceção de alguns trechos da praia do Araçagi, nenhuma outra - Ponta d’Areia, Calhau, São Marcos, Olho d’Água e Caolho - está em condições para banho.
São produzidos, diariamente, cerca de 45 toneladas de rejeitos líquidos in natura na cidade. Desse total, 34 toneladas contaminam o solo, manguezais, córregos, entre outros ambientes, e 11 são eliminados nas praias.

Órgãos públicos competentes que deveriam resolver o problema verificam periodicamente a qualidade físico-química e bacteriológica da orla por meio do mapeamento dos principais pontos de lançamento de esgoto.
Além disso, nada mais é feito para solucionar a curto e médio prazo o problema. Mas, nem tudo está perdido. Ainda existem formas que viabilizam soluções sustentáveis de saneamento básico, nas praias de São Luís. A mais viável em uma cidade litorânea é o canteiro bio-séptico.
A técnica consiste em uma adaptação da saída do esgoto total de uma residência para um canteiro bio-séptico que trata localmente estes resíduos, além da implantação de um sistema de captação de água da chuva (cisterna). Toda a estrutura interna de tubulações da casa permanece inalterada, utilizando um banheiro comum.


Técnica


Para construir a cisterna, é utilizada uma técnica de bio-arquitetura denominada ferrocimento, que permite a um custo muito baixo, e em um período muito curto, levantar estruturas bastante resistentes, e com alta capacidade de armazenamento (pelo menos 10 mil litros, ou dimensionada para a quantidade necessária para o local ser auto-suficiente).

Construção da cisterna:capacidade para mais de 10 mil litros
Com relação ao canteiro bio-séptico, inicia-se com a construção de uma fossa vedada em sua parte inferior, para não infiltrar no solo. Pela adição de várias camadas internas filtrantes (incluindo casca de coco, por exemplo), é possível decantar e pré-filtrar a água, antes de chegar à camada biológica, com o plantio de bananeiras e outras plantas com alta capacidade de absorção de água.

Canteiro bio-séptico: problema como solução:
Resultados
Com a utilização da água da chuva, evita-se o desperdício de água encanada que chega ás residências. Dessa forma, toda a sua utilidade (tomar banho, cozinhar, lavar louças etc) seria mantida porém não mais com o sacrifício da água tratada em estações. A própria natureza seria a solução, tendo em vista que esse tipo de cisterna tem capacidade para armazenar pelo menos 10 mil litros d’água, o equivalente a um semestre inteiro de estiagem.
Já o canteiro bio-séptico possibilita acabar com o que de outra forma seria um problema, gerando três subprodutos: descontaminação da água (e, por conseguinte, dos lençóis freáticos), redução da temperatura local (bioclimatização) e produção de alimentos (através de bananeiras e outras plantas absorvedoras de água). Dessa forma, o que antes era um problema, passa a ser solução.
Com isso, torna-se possível acabar com a necessidade de uma estação de tratamento de esgotos de grande porte, bem como o bombeamento de esgotos de uma área à beira-mar, para uma área acima. Com essa técnica, os resíduos deixam de ser centralizados e transferidos para outro local que necessitariam de manutenção muito maior, e tudo passa a ser resolvido através de um ciclo, ou seja, na própria casa que é a origem do problema, minimizando os custos.
Caso a idéia seja adotada e replicada em outras praias da ilha de São Luís, torna-se possível a melhoria na qualidade de vida da população com água de qualidade, além de outros aspectos como o aumento da quantidade de peixes e recuperação do ecossistema marinho de forma geral.

HOMEM X NATUREZA

Caroline Lucas
A natureza vem sendo devastada no mundo inteiro, as geleiras dos pólos estão derretendo de acordo com o aumento da poluição mundial, e nós nos perguntamos se as coisas vão parar por aí, não, não vão, até acontecer uma catástrofe que destrua a raça humana, nós homens vamos continuar a devastar a nossa mãe natureza e fazendo obras que destruam o meio ambiente. Obras essas como a barragem de Estreito no Maranhão, que deixará vinte mil pessoas desabrigadas e mesmo com muitas campanhas contra, campanhas estas feitas até por atores globais contra a construção da barragem, não foi suspenso o projeto.

Dentre os danos que a barragem de Estreito causará a natureza está a desabrigação de três tribos indígenas numa área de serrado que é a maior preservada do mundo, o que é uma falta de respeito com o equilíbrio ecológico, ou seja, um crime ambiental serissimo. O desenvolvimento da economia é apoiado, mas não sob uma situação desta onde terra, cultura, perspectivas e vidas humanas estão em jogo e serão apenas afogados.

Mesmo sabendo de tudo isso a barragem de Estreito já saiu do papel, o que deixa claro que os valores espirituais, morais e filosóficos de uma tribo, o homen branco ainda não conseguiu aprender, não tivemos humanidade suficiente para isso. As obras devem acabar em outubro quando enfim irão encher a barragem.

(Na foto acima do lado esquerdo temos a Ilha dos Botes que vai por água a baixo com a construção da barragem)